segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ELE VOLTARÁ......

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[aluízio Salvo]

"E, estando eles com os olhos fitos no céu,
enquanto Jesus subia, eis que dois varões
vestidos de branco se puseram ao lado deles
e lhes disseram:
Varões galileus,
por que estais olhando para as alturas?
Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu
virá do modo como o vistes subir" (Atos 1.10-11).

A volta de Jesus ao mundo é um dos assuntos
sobre o qual raramente se fala nas igrejas.
Ao contrário de temas como prosperidade,
cura,libertação, vitórias,
raramente ouve-se uma pregação dando ênfase
ao acontecimento mais esperado pelo mundo cristão.
O retorno de Jesus, para levar sua igreja,
era uma aspiração bem presente nos
primórdios do cristianismo.

O apóstolo Paulo, em suas epístolas,
sempre faz referência sobre a vinda de Jesus,
exortando os fiéis a se manterem vigilantes
e firmes na sã doutrina
(1 Co 15.52, 1Ts 2.19, 2 Ts 2.1, 1 Tm 6.14, 2 Tm 4.1).
Jesus alertou os discípulos sobre os sinais que
precederiam sua vinda.
E nunca na história da humanidade esses sinais
estiveram tão evidentes.

Já em sua época ele disse que os campos
estavam brancos (Jo 4.35),
isto é, prontos para a colheita,
o fim dos tempos.
Alguns acham que está demorando.
Não importa que se tenham passado
dois mil anos desde então,
pois para Deus mil anos é como um dia.
A maioria das pessoas está esquecida
da volta de Jesus,
ou não crê nessa verdade bíblica.

E o mundo vai vivendo como nos dias de Noé,
antes que viesse o dilúvio;
comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento,
até ao dia em que veio o dilúvio e destruiu a todos
(Lc17.26-27).

O mesmo aconteceu nos dias de Ló;
comiam, bebiam,compravam, vendiam,
plantavam e edificavam.
Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma,
choveu do céu fogo
e enxofre e destruiu a todos
(Lc 17.28-29).

"Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar".
São palavras de Jesus (Lc 17.30).
Quando ocorrerá isso?
Jesus disse que não nos compete conhecer o tempo,
mas que deveríamos vigiar e orar,
porque esse dia viria quando menos esperássemos
(Lc 12.40).

Em Apocalipse, o livro da Revelação,
João escreveu a respeito da vindade Jesus:
"Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá,
até quantos o traspassaram.
E todas as tribos de terra se lamentarão sobre ele"
(Ap 1.7).

Nosso maior desejo deve ser à volta de Jesus.
Ele nos disse que foi preparar lugar para nós em seu Reino.
Não devemos, pois, estar apegados a este mundo,
por mais belo que seja, pois
"nem olhos viram,nem ouvidos ouviram,
nem jamais penetrou em coração humano o que Deus
tem preparado para aqueles que o amam" (1 Co 2.9).

Jesus quer que, onde ele está, estejamos nós também,
para que vejamosa glória que o Pai lhe conferiu
antes que houvesse mundo (Jo 17.24).
Se nossa esperança for permanecer aqui neste mundo,
com todas as desgraças que nele reinam,
então seremos os seres mais infelizes daTerra.
As glórias deste mundo são efêmeras.

Jesus voltará.
Desta vez não como o humilde filho do carpinteiro José,
mas como o Rei dos reis, o Supremo Juiz,
diante do quais todos haveremos de comparecer;
uns para receber a coroa da vida,
outros para ouvir a sentença de condenação eterna.

Vigiai e orai! Esta advertência continua ecoando
através dos séculos.
Amados, Jesus voltará, e os sinais de sua vinda
mais se mostram cada vez.
Alegremos-nos, o dia de nossa redenção se aproxima,
e que Ele nos encontre como verdadeiros adoradores
e servos vigilantes.

sábado, 30 de janeiro de 2010

A VAIDADE QUE PODE SER MORTAL

A VAIDADE QUE PODE SER MORTAL

Freqüentemente os órgãos de imprensa noticiam morte de mulheres após receberem aplicação de alguns produtos usados no tratamento de cabelo ou de pele, por intoxicação pela ação dos produtos químicos no organismo humano.

Conhecemos também uma jovem, empreendedora, executiva de classe média, tendo sido submetida a uma cirurgia de estética para correção dos seios, alguns dias após, foi sucumbida fatalmente pela ação fulminante de uma bactéria letal, adquirida durante o processo de cirurgia.

Constantemente os veículos de comunicação divulgam óbito de mulheres durante o processo de emagrecimento pela anorexia, outras pela ingestão de medicamentos incompatíveis, e uma infinidade de complicações em cirurgias simples de estética, que a mulher acaba perdendo a vida precocemente pela sua vaidade.

Você mulher, para ser bela na presença de Deus, não precisa acrescentar e nem deduzir nada no seu corpo. É impossível você dimensionar o seu valor, o amor que o Senhor Deus tem por você. Ele só olha para o seu interior, para a singeleza do seu coração, o que você fizer para ornamentar o seu exterior não tem valor algum para Deus, aliás, Ele abomina toda vaidade.

A palavra do Senhor assegura com clareza que a beleza da mulher não está na moldagem dos seus cabelos pela habilidade do artífice, no fino trato da sua pele ou na extravagância das suas vestes, porque você já tem a luz de Cristo que alumia o seu rosto e faz a diferença entre você e as que não temem a Deus.

Mas quando você se dá ao uso de pinturas, maquiagens, jóias para melhorar o seu visual, para apresentar-se bem esteticamente, esses acessórios produzem um efeito contrário, ofuscam a luz que há em você, porque são coisas inúteis e vãs que desagradam ao Senhor, porque o seu corpo é o templo do Espírito Santo, e esse templo tem que ser íntegro, puro, santificado. Deus não olha para a sua beleza exterior.

No livro de Eclesiastes a palavra do Senhor diz que toda vaidade é aflição de espírito, mas a mulher que tem compromisso com os mandamentos de Cristo tem paz no coração, e precisa ter consciência disso, precisa saber que a sua beleza não está na aparência física, mas no desprovimento de toda vaidade que muitas de vós estão sujeitas.

A sua beleza está na sabedoria de servir a Deus com toda humildade, santidade e na obediência dos mandamentos do Senhor.

Precisa se conscientizar da sua fundamental importância no seio familiar, e ter a confiança que pela sua sabedoria, vai trazer um relacionamento harmonioso de paz para dentro da sua casa.

I Pedro 3.1: Vós mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra,

Romanos 8.20: A criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou.

A RECOMPENSA PARA O HOMEM QUE TEME AO SENHOR

Salmos 128.3, 4: A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.

Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

SEITAS, como proceder com essas coisas?

Devemos ou não Receber Sectários em nossas Casas?

Aluizio salvo:

"Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis" (2Jo 10)

De acordo com 2João 10, não devemos receber em nossas casas, ou até mesmo saudar, quaisquer pessoas que venham até nós e não compartilham da nossa fé em Cristo. Mas será que isso deve ser interpretado literalmente? Como isso se aplicaria a um sectário? Deveríamos realmente dispensá-los com esta hostilidade?

Não é provável que esse versículo proíba aos cristãos de receberem sectários em suas casas, quando a intenção for testemunhar-lhes acerca do evangelho de Cristo. Antes, mais propriamente, o texto parece se referir à proibição de conceder ao sectário consecutivas oportunidades de ensinar sua falsa doutrina e, mesmo assim, sob um "pano de fundo" diferente dos nossos dias.

O contexto para esta interpretação pode ser vislumbrado nos primórdios do cristianismo, numa época em que não existiam igrejas centralizadas e acessíveis nas quais todos os crentes pudessem congregar. Na realidade, o que existiam eram casas que funcionavam como pequenas igrejas que se espalhavam por toda a localidade em que o evangelho se estabelecia.

Examinando o Novo Testamento, vemos que, logo no início da igreja, os cristãos são vistos unidos "partindo o pão de casa em casa" (At 2.46. Cf. tb. 5.42) e ajuntando-se para orar na casa de Maria, a mãe de João Marcos (At 12.12). De fato, as igrejas primitivas freqüentemente se estabeleciam nas casas dos irmãos e este fator é primordial para entender o que o apóstolo João quis compartilhar quando escreveu sua segunda epístola. Veja alguns exemplos dessa ocorrência nas cartas de Paulo:

• "Saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles. Saudai meu querido Epêneto, primícias da Ásia para Cristo" (Rm 16.5)

• "As igrejas da Ásia vos saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no Senhor Áqüila e Priscila, com a igreja que está em sua casa" (1Co 16.19)

• "Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua casa" (Cl 4.15).

O emprego de templos eclesiásticos específicos não apareceu antes do final do segundo século.

Assim, aparentemente, o apóstolo João está, na realidade, nos advertindo contra a aceitação de um falso mestre na igreja, concedendo-lhe o "púlpito" para ensinar. Olhando as coisas por este prisma, entendemos que a proibição visava a pureza doutrinária da igreja.

Estender tal hospitalidade a um falso mestre insinuaria que a igreja estaria aceitando ou aprovando seu ensino, o que certamente causaria grande confusão entre os fiéis. Isso deveria ser evitado, a qualquer custo.

Também é possível que João estivesse proibindo aos cristãos de hospedarem falsos mestres em seus lares. Diante desta hipótese, é salutar lembrar que, nos dias em que a igreja apostólica estava em formação, o ministério pastoral e evangelístico foi exercido principalmente por indivíduos que viajavam de local a local, de casa (igreja) em casa (igreja). Esses pastores itinerantes dependiam da hospitalidade das pessoas de uma congregação local. Por conseguinte, João estaria admoestando a igreja a não estender este tipo de hospitalidade aos falsos mestres. Logo, os cristãos não deveriam deixar que sectários ficassem em suas casas e as utilizassem como bases de suas operações para difundir seu falso evangelho.

Em qualquer destes casos, esse versículo não proíbe aos cristãos de permitir que um sectário entre em suas casas para propósitos evangelísticos. Da próxima vez que uma dupla de testemunhas-de-jeová ou mórmons bater na porta de sua casa, sinta-se livre para convidá-la para ouvir o seu testemunho. Mas esteja totalmente seguro em relação aos fundamentos da sua fé, "para que não sejamos [...] levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente" (Ef 4.14).

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Direito de posse

DIREITO DE POSSE

Aluízio Salvo.

Os Demônios Possuem o Direito de Posse?Satanás quer que o homem peque, para ter um outro direito, o direito de posse sobre a vida da pessoa, desta forma, ele tem o direito de agir legalmente na vida da pessoa. Mas isto é bíblico ? Em 1 João 3.8 nós temos um primeiro texto a considerar:“Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo."“O sentido do verbo “é”, neste versículo, é o sentido de posse. É o mesmo sentido de quando você diz: “Esta casa é minha.” Quer dizer que você tem a posse dela; que você mora nela, que você poderá decorá-la e arrumá-la do jeito quer você quiser.Então, aquele que peca é do diabo? Sim. Isso significa que o diabo tem alguma posse, ou seja, tem o direito de agir na vida da pessoa, assim como quem tem posse de uma casa tem o direito de agir dentro dela. Tem ainda o direito de levar para essa casa o que ele quiser; e dá para imaginar o que ele leva... nunca será nada de bom.O segundo texto a considerar é outro versículo escrito por João, desta vez em seu evangelho. Em João 8.34 Jesus disse:“...Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.”Neste versículo a segunda ocorrência da palavra pecado foi personalizada por Jesus. Nesta segunda ocorrência, Jesus apresenta o pecado como o dono de um escravo, isto é, o dono de todo aquele que pratica o pecado. Já lemos que o pecado é a transgressão da lei de Deus (1 Jo 3.4). Transgressão é algo impessoal, e portanto não pode ser o dono de alguém. Indiretamente Jesus usou de simplicidade para ensinar uma grande verdade: “Quem comete o pecado é escravo do Diabo”. João compreendeu essa grande verdade, e a ensinou claramente em 1 João 3.8.Quanto ao direito de posse, ainda temos um terceiro texto a considerar. Em Mateus 12. 43-45 Jesus ensina o seguinte:“Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos buscando repouso, mas não o encontra. Então diz: Voltarei para minha casa de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada. Então vai. E leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali. E são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má.”Um demônio pode ser expulso sem que seja quebrado seu direito de posse. (Depois vou explicar em que condições isto pode acontecer) Porém, ele pode voltar trazendo mais destruição para a vida da pessoa. O demônio diz: “Voltarei para minha casa...”. A palavra “casa” refere-se ao lugar que foi dado ao Diabo na vida da pessoa (Ef 4.25-32). O demônio voltou pois sabia do direito que tinha. Ele diz: “... minha casa...”. Isto é direito de posse. Depois que o demônio é expulso, por um tempo, não existirá sua presença e controle, a pessoa terá um paliativo, porém, só haverá libertação quando o direito do demônio for quebrado e a pessoa cheia com o Espírito Santo. Se isto não acontecer, o demônio voltando “... leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali. E são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros...”.Além de Efésios 4.25-32, Paulo também nos mostra o direito de posse com a palavra “vantagem” em 2 Coríntios 2.10,11: “A quem perdoais alguma coisa, também eu perdôo; porque de fato o que tenho perdoado, se alguma coisa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não alcançe VANTAGEM sobre nós, pois não lhe ignoramos os designios.” A palavra no grego é “pleonektéo” e significa “levar vantagem sobre”, “ser explorado”, “defraudar”, “aproveitar-se”. A verdade é que Satanás e seus demônios, tem explorado, defraudado e se aproveitado até mesmo muitos crentes. Paulo reconhecia que até com ele mesmo isto poderia acontecer se ele não liberasse perdão. No contexto desta passagem nos versículos de 5 a 9, percebemos que um crente rebelde havia sido suficientemente castigado e se arrependera. Aparentemente alguns queriam uma punição ainda mais severa (2 Co 2.6-8), mas no caso dele a igreja tinha que liberar perdão e amá-lo, senão, além do irmão ser consumido por excessiva tristeza (v.7), toda a igreja daria direito de posse a Satanás e seria destruída por ele (v.11).O direito de posse é quebrado quando há verdadeira confissão e arrependimento dos pecados. Em 1 João 1.9 está escrito:“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça.”Confessarmos no grego é “homologéo”, palavra derivada de “homos” “a mesma coisa” e “lego”, “dizer”, ou seja, “dizer a mesma coisa que outra pessoa”, neste caso, é fazer uma declaração admitindo a sua pecaminosidade e seus pecados particulares, é concordar com a Palavra de Deus renunciando todos os pecados, pois a confissão desacompanhada da determinação de livrar-se do pecado (que é sinal de arrependimento), é uma oração inútil. Dizer sempre para Deus: Senhor, aqui estou novamente, com o mesmo pecado. Perdoa-me. Isso não é arrependimento, e sem o arrependimento não há perdão (At 3.19; At 8.22). As atitudes ou ações de cada um demonstrarão se houve arrependimento (Mt 3.8; At 26.20). contato pelo email:
aloisio_76@hotmail.com

Os filhos de Abraão.

Aluízio Salvo.
Quem São os Filhos de Abraão?
Os muçulmanos, com aproximadamente 1,3 bilhões de adeptos, são encontrados em centenas de grupos étnicos diferentes ao redor do mundo e, possivelmente, três quarto das pessoas do mundo muçulmano não possuem antecedentes árabes. Contudo, o estilo de vida e cultura árabe de Maomé influenciou profundamente o islamismo.A herança bíblica árabe é geralmente esquecida ou desconhecida por muitos. Talvez saibamos que Ismael se tornou um príncipe árabe e o fundador de muitas tribos árabes, porém, nosso conhecimento sobre a herança bíblica árabe é superficial.Abraão é o pai de todos os que crêem. De acordo com as promessas de Deus, cada um é bendito ou maldito, dependendo da sua relação com o pai da fé. Ao longo da história, cristãos, judeus e muçulmanos buscam ostentar seu vínculo com o pai da fé.A Bíblia é uma grande fonte de informações a respeito das genealogias árabes. E os árabes são um povo semita (descendentes de Sem), tanto quanto os judeus (Gn 10.21-32).Segundo algumas fontes de pesquisa, existem, no mínimo, três tipos de árabes no Oriente Médio: os jotanianos (da linhagem de Jotão, filho de Gideão), os ismaelitas (da união de Abraão com Hagar) e os queturaítas (da união de Abraão com Quetura).Todos querem pertencer à família de Abraão. Mas todos os árabes são descendentes de Ismael? Quem são os verdadeiros filhos de Abraão? Os árabes que afirmam ser descendentes de Abraão por meio de Ismael também estão incluídos nas promessas de bênçãos?Vejamos o que a Bíblia diz.A família de AbraãoNão podemos subestimar a importância de Abraão para as três grandes religiões monoteístas do mundo. Jesus era chamado “filho de Davi, filho de Abraão” (Mt 1.1). O Alcorão menciona Maomé como alguém achegado a Abraão (Surata 3.68).Deus chamou Abraão para sair de sua terra, dos seus parentes e dos seus pais, para uma terra que ele não tinha idéia de onde seria. E o prêmio da obediência, as bênçãos, seria endereçado a ele e a todas as nações da terra (Gn 12.1-3). A bênção ou a maldição dos povos dependia da posição que Abraão tomasse. A porta da restauração da humanidade perdida foi aberta com o “sim” dado pelo profeta a Deus.Foi difícil para Abraão meditar sobre a bênção aos seus descendentes, visto que ele e sua esposa estavam idosos e, aos do patriarca, a possibilidade de ter um filho tinha se esgotado. Deus disse que seu filho seria o herdeiro, porém, a paciência de Sara se esgotou primeiro e, “tentando ajudar a Deus”, pediu a Abraão para tomar a serva egípcia Hagar para que a descendência de Abraão fosse iniciada (Gn 16.2). Abraão, que tinha 86 anos de idade, teve um momento de fraqueza, chegando a ponto de concordar que realmente deveria “fazer alguma coisa” para que a promessa de Deus se cumprisse.Obviamente, esse “não” era o caminho que Deus planejara para dar uma descendência numerosa a Abraão. Imediatamente, começaram os problemas. Sara, a legítima esposa, passou a ser desprezada aos olhos de sua serva Hagar quando esta constatou a gravidez. Sara, então, culpa Abraão, que se isenta da responsabilidade deixando a escrava nas mãos de sua esposa que, por sua vez, maltrata tanto a escrava que Hagar decide fugir para o deserto com o filho.Com a fuga da escrava, parecia que a história tinha se encerrado, mas Deus não abandonaria Hagar. Ele a amava e também a seu filho. O amor de Deus socorre Hagar no deserto. Um anjo é enviado para ajudá-la e convencê-la a voltar para as tendas de Abraão. Deus dá um nome para o filho da escrava: Ismael, que significa “Deus ouve”. Realmente, Deus ouviu o choro de Hagar!A escrava obedeceu a Deus e voltou para sua senhora, permitindo que Abraão vivesse ao lado de Ismael. Enquanto o menino crescia, Abraão se alegrava, crendo que a promessa de Deus se cumpriria por intermédio daquele menino, porém, a surpresa bateu à porta daquela família. O filho da promessa ainda estava por vir e não seria filho de uma escrava, mas da própria Sara, ainda que, fisiologicamente, fosse algo impossível. Deus não tinha se esquecido da promessa. Nasceu Isaque e, agora, Ismael tinha um rival. Apesar de Isaque ser o filho prometido, isso não diminuía a tremenda bênção sobre Ismael. Ismael deveria ser abençoado, ser frutífero, multiplicar-se, não apenas de maneira normal, mas “extraordinariamente”. Ele seria pai de doze príncipes e não se tornaria apenas uma nação, mas “uma grande nação”.A descendência de IsmaelAssim como houve doze patriarcas em Israel e doze filhos de Naor (Gn 22.20), assim também Ismael, considerado por muitos o patriarca dos árabes, gerou doze príncipes árabes.Uma característica marcante na vida de Ismael era que ele seria como um “homem bravo” (ACF), “jumento selvagem” (NVI) (Gn 16.12). Ismael haveria de ser forte, selvagem e livre, e de trato difícil, desprezando a vida na cidade e amando sua liberdade a ponto de não ser capaz de viver com ninguém, nem com seus próprios parentes.Ismael não desapareceu das páginas da história sagrada e muito menos ficou sem bênção, meramente por não pertencer à linhagem de Israel. Deus tinha um lugar e um destino reservados para ele. O Messias, da linhagem de Isaque, também seria o Salvador dos demais descendentes de Abraão e de todas as famílias da terra. Entretanto, os descendentes de Ismael se tornaram inimigos ferrenhos de Israel, descendentes de Isaque (Sl 83.1-18). E permanecem assim até os dias de hoje.A Bíblia cita os doze filhos de Ismael e afirma que seus descendentes se estabeleceram na região que vai de Hávila a Sur (região Leste do Egito e região Norte do deserto de Sinai), na direção de quem vai para Assur (Assíria, região Norte do Iraque). Abraão habitou por um tempo nessa região. Foi também a habitação dos amalequitas e de outras tribos nômades (Gn 25.18; 1Sm 15.7; 27.8). Além da Bíblia, os assentamentos, como, por exemplo, os de Quedar, Tema, Dumá e Nebaiote também são conhecidos, há mais de dois milênios.Nebaiote, o filho mais velho de Ismael, que, em hebraico, significa “frutificação”, era chefe tribal árabe (1Cr 1.29). Sua descendência continuou a ser conhecida por esse nome (Gn 17.20; 25.16). Uma curiosidade histórica é o fato de que a terra de Esaú ou Edom finalmente caiu sob o controle da posteridade de Nebaiote. Esse clã árabe era vizinho do povo de Quedar. Ambos os nomes aparecem nos registros de Assurbanipal, rei da Assíria (669-626 a.C.). Embora alguns estudiosos rejeitem a idéia, possivelmente eles foram os antepassados dos nabateus.Os nabateus eram um povo árabe cujo reino se expandiu, no passado, até Damasco, capital da Síria, um país árabe. Perto do século 4o a.C., eles estavam firmemente estabelecidos em Petra, que atualmente é um sítio arqueológico, com ruínas e construções magníficas, localizado na Jordânia, que também é um país árabe.Quedar, o segundo filho de Ismael, em hebraico significa “poderoso”. Alguns estudiosos dizem que essa palavra significa “negro” ou “moreno”, uma referência aos efeitos da radiação solar na pele das pessoas que habitam os desertos quentes do Sul da Arábia, onde vivem os beduínos. O interessante é que, no livro de Cantares de Salomão (1.5), a esposa diz que “é morena como as tendas de Quedar”. No Antigo Testamento, o termo Quedar é usado genericamente para indicar as tribos árabes — beduínos (Ct 1.5; Is 21.16,17; 42.11; 60.7; Jr 2.10; Ez 27.21). No Salmo 120.5, Quedar e Meseque se referem, metaforicamente, a certas tribos bárbaras. Eram negociantes, numerosos em rebanhos e camelos. Alguns deles eram ferozes e temidos guerreiros. Jeremias predisse o julgamento de Quedar, dando a entender que seria destruído por Nabucodonosor (Jr 49.28,29). Após serem destruídos parcialmente por Nabucodonosor e Assurbanipal, eles diminuíram em números e em riquezas e se dissolveram em outras tribos árabes. Os estudiosos muçulmanos, ao reconstruírem a genealogia de Maomé, fazem-no descendente de Abraão, de Ismael, por meio de Quedar. Sam Shamoun, apologista cristão, nega que Maomé seja descendente direto de Ismael, baseado em pesquisas geográficas e étnicas.Em face de tudo isso, parece claro que a descendência de Ismael apresentou traços culturais, raciais e lingüísticos com algumas linhagens árabes existentes nos dias de hoje. Além disso, as próprias evidências históricas fortalecem a idéia de que os árabes são descendentes de Ismael, mas isso não significa afirmar que a totalidade dos árabes é descendente de Ismael.Outras descendênciasDescendentes de JotãoAlguns árabes se referem a si mesmos como descendentes de Jotão (os árabes lhe chamam de Kahtan) e uma das tribos mais famosas que descendiam dele era Sabá, da qual os descendentes fundaram o reino de Sabá, no Iêmen, incluindo a renomada rainha de Sabá (chamada pelos árabes de Bilquis). A visita dessa rainha a Jerusalém, durante reinado de Salomão, é um exemplo de como o povo de Deus teve influência das “arábias”, mesmo nos tempos do Antigo Testamento. Salomão escreveu um dos salmos messiânicos (Sl 72), parcialmente, tendo Sabá em mente (veja os versículos 10 e 15). Jesus falou positivamente sobre a rainha de Sabá (Mt 12.42).Aparentemente, pelo menos algumas das tribos semíticas adoravam o Deus de Sem, mesmo sem conhecê-lo inteiramente.Descendentes de LóNo final do capítulo 19 de Gênesis, observamos o aparecimento de duas linhas genealógicas, os moabitas e os amonitas.Os moabitas foram descendentes de Ló e sua filha mais velha (Gn 19.30-37). Eles eram arrogantes e inimigos de Israel, mas Deus estava, mais uma vez, usando os babilônios como medida disciplinadora. Isaías (Capítulos15 e 16) e Jeremias (Capítulo 28) predisseram a queda de Moabe e a redução de um povo arrogante a um povo débil. Os moabitas viveram em sítios vizinhos aos seus irmãos amonitas.Os amonitas eram descendentes de Amon, filho mais novo de Ló (Gn 19.38) e da sua filha mais jovem. Em Juízes 3.13, lemos que esse povo se mostrou hostil para com Israel. Uniu-se em ataque combinado a Israel com outros adversários do povo de Deus. A capital deles era Rabá. Posteriormente, essa cidade tomou o nome de Filadélfia, em honra a Ptolomeu Filadelfo. Atualmente, chama-se Aman, capital da Jordânia. A língua deles era semítica. Hoje, todas aquelas regiões são árabes.4 A raça amonita desapareceu misturada com outras raças semitas.Embora não seja possível afirmar com precisão, podemos supor, juntamente com muitos estudiosos em genealogias, que há uma grande possibilidade de alguns árabes de hoje serem descendentes não somente de Ismael, mas também de Ló.Descendentes de EsaúEsaú, da linhagem de Isaque, teve como uma de suas esposas Maalate ou Basemate, irmã de Nebaiote, da linhagem de Ismael (Gn 28.9; 36.3). As “crianças de Isaque” estavam se misturando com as “crianças de Ismael”, nascendo assim outra linhagem genealógica. Com isso, nasce Reuel, que gerou Naate, Zerá, Samá e Mizá (Gn 36.13). Certamente, muitos árabes hoje apresentam suas genealogias oriundas dessa estranha, mas verdadeira fusão.Outra descendência de AbraãoDepois que Isaque se casou com Rebeca, Gênesis 25 diz que Abraão desposou outra mulher, Quetura, e com ela teve outros filhos. Abraão, já em idade avançada, criou outra família! Todos os filhos de Quetura, eventualmente, tornaram-se chefes das tribos árabes. Uma dessas tribos era Midiã; os midianitas se opuseram ao Israel do profeta Balaão, porém, nem todos os midianitas eram contra os hebreus. Moisés se casou com Zípora, a filha de Jetro (Êx 2.16-22), que também era chamado de sacerdote de Mídia. Jetro reconhecia o Deus verdadeiro e até mesmo deu bons conselhos a Moisés que agradaram a Deus (Êx 18). Os midianistas, certamente, tiveram alguma revelação de Deus por intermédio de seu pai, Abraão.Portanto, vemos claramente que os árabes em geral, que reivindicam ter Abraão como pai, certamente pertencem à mesma família e estão ligados a Israel.A revista Veja apresentou uma reportagem em que as várias populações judaicas não apenas são parentes próximas umas das outras, mas também de palestinos, libaneses e sírios. A descoberta significa que todos são originários de uma mesma comunidade ancestral, que viveu no Oriente Médio há quatro mil anos. Em termos genéticos, significa parentesco bem próximo, maior que o existente entre os judeus e a maioria das outras populações. Quatro milênios representam apenas duzentas gerações, tempo muito curto para mudanças genéticas significativas. O resultado da pesquisa é coerente com a versão bíblica de que os árabes e os judeus descendem de um ancestral comum, o patriarca Abraão.Os árabes de hoje e as bênçãos dadas à descendência de AbraãoPor conveniência, definimos os árabes como o povo que fala o árabe, como língua mãe, e que vive na península arábica e regiões circunvizinhas. Hoje, existem diferentes tipos de etnias dentro da região árabe. Algumas nações se tornaram árabes, pois foram arabizadas, como o Sudão e a Somália. Outras realmente descendem das linhagens dos antepassados. Mas, afinal, os ismaelitas (filhos de Ismael) são os árabes de hoje?Flávio Josefo, historiador judeu, declara que Ismael é pai da nação árabe, conforme crêem os árabes. Segundo Josefo, não podemos descartar a profecia de Isaías, que diz que os ismaelitas adorarão o Messias.Raphael Patai, um judeu, declara em seu livro, Semente de Abraão, que o termo “árabe” está contido nas mesmas inscrições com o termo “Quedar”, filho de Ismael, no século 9 a.C., nas epígrafes assírias. Patai também encontrou provas que mostram que os árabes foram sinônimos dos “nabateus”, descendentes de Nebaiote.Em verdade, o mundo árabe hoje é oriundo de um mosaico de etnias, haja vista as diferentes genealogias formadas no decorrer da história. Talvez, Mahmud, Hassan ou quaisquer outros árabes, sejam descendentes de Ismael, por intermédio da descendência de Nebaiote ou Quedar, ou até mesmo por Ló, ou pela nova família de Abraão com Quetura. Não podemos também descartar a possibilidade de os árabes serem descendentes da fusão entre as crianças de Isaque com as de Ismael ou até mesmo por intermédio de Jotão. Em todas essas possibilidades, encontramos a genética do pai Abraão.A promessa de Deus a Abraão foi clara e específica: “O seu próprio filho será o seu herdeiro” (Gn 15.4). Mas a grande questão é a seguinte: esta promessa de descendência deve ser entendida em termos raciais ou espirituais?O apóstolo Paulo esclarece a questão em sua carta aos gálatas: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a seu descendente. A Escritura não diz: E a seus descendentes, como falando de muitos, mas como de um só: E a teu descendente, que é Cristo” (Gl 3.16).Todas as promessas feitas a Abraão são cumpridas em Jesus. É por meio do maior Filho de Abraão, Jesus, que a bênção falada em Gênesis alcançará os povos do mundo. A linhagem racial se torna minúscula quando sabemos que podemos ser herdeiros de Abraão, ainda que não sejamos árabes ou judeus.Jesus nasceu no tempo determinado por Deus (Gl 4.4), como o “descendente” de Abraão. A relação que temos com Jesus se torna fator determinante se pertencemos realmente a Deus ou não.Paulo resume isso definitivamente ao declarar: “Se vocês são de Cristo, são descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gl 3.26,27, 29).Louvamos a Deus, pois milhares de árabes encontraram Jesus nestes últimos tempos. E na Bíblia, além dos versículos já mencionados, existem muitos outros que nos dão a esperança de que os árabes, eventualmente, serão salvos. Isaías 60.6,7 relata sobre um tempo em que a glória do Senhor será manifestada: “A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e Efá [os descendentes de Abraão por intermédio de Quetura]; todos virão de Sabá [descendentes de Jotão]; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do SENHOR. Todas as ovelhas de Quedar [descendentes de Ismael] se reunirão junto de ti; servir-te-ão os carneiros de Nebaiote; para o meu agrado subirão ao meu altar, e eu tornarei mais gloriosa a casa da minha glória”.Finalmente, quando olhamos para o Novo Testamento, lá estavam os árabes no dia de Pentecoste (At 2.11). Deus, realmente, quer que sua mensagem alcance os árabes, porque Allahu Mahabba — “Deus é amor”.Temos de acreditar que Deus salvará os árabes, seja qual for a sua descendência. Que os milhões de árabes possam ser realmente inseridos na descendência espiritual de Abraão, por intermédio de Jesus, e que a igreja evangélica seja capaz de reconhecer e compreender as promessas dirigidas a esse povo.O nascimento de Ismael“Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar.“E disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.“Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã.“E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.“Então disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti; minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela agora que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos; o SENHOR julgue entre mim e ti.“E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face. E o anjo do SENHOR a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur.“E disse: Agar, serva de Sarai, donde vens, e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai, minha senhora. Então lhe disse o anjo do SENHOR: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos.“Disse-lhe mais o anjo do SENHOR: Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, que não será contada, por numerosa que será.“Disse-lhe também o anjo do SENHOR: Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Ismael; porquanto o SENHOR ouviu a tua aflição.“E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.“E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?“Por isso se chama aquele poço de Beer-Laai-Rói; eis que está entre Cades e Berede.“E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera, Ismael.“E era Abrão da idade de oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael” (Gn 16.1-16) contato comigo pelo email
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